O NNL tem o prazer de cortar a fita para mais uma coluna: NNL Analisa – que irá analisar séries, animes, filmes, produtos, serviços e tudo que merecer ser revisado. Para a estreia, entramos na onda de Dragon Ball Super para trazer a análise de uma série não muito bem recebida pelos fãs da franquia: Dragon Ball GT. Abaixo, você confere o texto preparado há bastante tempo, na época em que o anime estava em exibição na Band (2012).
Análise: Dragon Ball GT

Dragon Ball GT é a terceira série do anime Dragon Ball, embora esta não seja uma adaptação do mangá original e não conte com Akira Toriyama (criador da série) na equipe de roteiristas. Foi exibida de forma inédita entre 07/02/1996 e 19/11/1997 no Japão (Fuji TV), sob a produção da Toei Animation. No Brasil, foi dublada pelo DPN Estúdios (Santos-SP), exibida pelo canal pago Cartoon Network desde 2002, e pela TV Aberta esteve na Globo a partir de 2003 e está na Band desde 2012.
A pergunta é: por que a série não emplacou?
Baby: uma saga desnecessária
Uma sacada genial dos roteiristas foi fazer com que Goku voltasse a ser criança – por meio de um desejo não intencional de Pilaf -, agora não tão ingênuo (ou nem um pouco) quanto no Dragon Ball. Estranho foi o fato das Esferas do Dragão se espalharem pelo Universo, algo inédito. Para procurarem estas, foi formada uma trupe inesperada: Goku, Pan e Trunks, se juntando ao simpático Gill, que engoliu o Radar do Dragão.
A saga tinha um bom rumo – lembrando um pouco o Dragon Ball clássico -, até que nossos heróis se deparam com Baby, o último dos Tsufurujins, que teve seu planeta destruído pelos Saiyajins, liderados pelo Rei Vegeta. Ele arquitetou sua vingança ao longo de décadas e começa seu plano se infiltrando em um ser encontrado por Goku, Pan, Trunks e Gill. Depois disso, esse ser desprezível se infiltra em Trunks, deixa um ovo em seu corpo e parte para a Terra, onde domina todos os habitantes – inclusive Vegeta, onde o Tsufurujin tem sobre ele o domínio máximo.

Goku Super Saiyajin 4 enfrentando Baby, que estava parasitando dentro do corpo do Vegeta.
Fonte: detonafire.com.
DBGT começa a perder o rumo, já que a participação de Baby se alonga demais e deixa o final da busca pelas Esferas do Dragão em segundo plano. Com um desfecho irritante, com o Tsufurujin dependendo única e exclusivamente de algum outro ser para parasitar (sem contar o fato dele se parecer com o Majin Boo) temos uma única coisa boa: a transformação de Goku em Super Saiyajin 4.
Ao final da batalha, a Terra explode pela segunda vez, com Piccolo preferindo morrer nela. Então, todos os habitantes vão para Tsuful (planeta criado por Baby e no qual a batalha contra Goku ocorreu).
Super 17: um filler de fato
Mais uma saga desnecessária: a saga do Androide Super 17, criado pelos Drs. Gero e Myuu. O plano de ambos era atrair Goku para o inferno enquanto o guerreiro, dotado da habilidade de absorver os ataques de seus inimigos, começasse a arruaça. O Saiyajin, então, tem que lutar com Cell e Freeza e derrotá-los. O desfecho da batalha traz Kuririn morrendo… DE NOVO, e Número 18 se unindo ao Super Saiyajin 4 para derrotar o Super 17.

Goku Super Saiyajin 4 lutando contra o Super 17.
Fonte: dragonballgt.com.
A batalha de tiro curto foi apenas para “encher linguiça”, já que praticamente não acrescenta em muita coisa à série em si – a não ser ter como plano de fundo uma anomalia com as Esferas do Dragão.
Dragões Malignos: poderia ser o desfecho ideal
Mais uma vez, a mão à palmatória tem que ser dada ao roteiro em algum ponto: as Esferas do Dragão revelam seres malignos, por terem sido usadas demasiadamente (elas trincam), sem nenhum tipo de controle. Mas, de novo, DBGT se perde por deixar a tutela de derrotar os 7 dragões malignos nas costas de Pan e Goku e, claro, com o auxílio de Gill. Poderia haver, neste caso, a colaboração de Trunks, Goten, Gohan e Vegeta.
Contra o Dragão de 1 Estrela (o mais forte de todos), a batalha aperta e Vegeta aparece. Ele consegue se transformar no Super Saiyajin 4 e se fundir com Goku, que também possuía a transformação máxima. Gogeta torna-se o ser mais poderoso do Universo por 10 minutos (tempo de duração da fusão). Neste ponto, a batalha poderia e deveria ter acabado, mas o guerreiro brincou com a sorte.

Os Sete Dragões Malignos.
Fonte: dragonballz1986.blogspot.com.br.
Quando o Dragão de 1 Estrela absorve todas as outras 6 esferas, inclusive a de 4 Estrelas, na qual Goku tem como sua favorita (o Dragão correspondente veio em seu auxílio, porém sem muito sucesso). A solução, como na batalha com Majin Boo, foi fazer a Super Genki-Dama para, enfim, derrotar o inimigo. Complementando o que foi citado anteriormente, tivemos um fim a esta batalha previsível até demais, o que acabou com a magia da mesma, se é que teve alguma.
Obs. 1: é mencionado pela Pan o fato do Goku parecer um Deus. Será daí a premissa de Dragon Ball Super? 😛
Quanto ao “fim final”, Shenlong retorna à sua forma normal e leva Goku, que já tinha sido ressuscitado 2 vezes. A partir daquele momento, a Terra agora teria que se virar sem o auxílio das Esferas do Dragão, das quais seus habitantes sem tornaram muito dependentes. A série tem um bom final (com Goku vendo, 100 anos depois, a luta entre o neto de Pan, Goku Jr., e o bisneto de Trunks, Vegeta Jr., pela final do Torneio de Artes Marciais), pesando seus altos e baixos, não dando muitos espaços para uma continuação.
Obs. 2: sem espaço para continuação de acordo com o fim de DBGT. Dragon Ball Super é a continuação do fim da saga Buu (Dragon Ball Z / Kai). Ainda não se sabe como ficará DBGT na cronologia da franquia.
Conclusão
Dragon Ball GT não é uma série ruim, mas talvez o peso de continuar as séries anteriores (sem mangá e sem a tutela e aval total do Akira) fizesse com que ela se perdesse em vários momentos, se tornasse monótona, sem grandes emoções e sem a mesma pegada das outras.
Fim da análise de Dragon Ball GT. Se gostou da revisão, comente e compartilhar (afinal, é de graça). Até o próximo post do NNL.
Por: Not Now Lucas
Legais. Bem Loucos. Empolgantes.
notnowlucas
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