
Olá, queridos leitores. Estou começando mais uma série/coluna no NNL, a ser veiculada aos sábados, às 14h. O Nos Fragmentos do HD tem como objetivo trazer grandes acontecimentos no cotidiano da sociedade cibernética. Esta ideia não é tão nova quanto parece: já a executei no finado Underbits, falando sobre o caso de Cicarelli com o YouTube! que deixou a rede social de vídeos fora do ar por algum tempo, lá em 2007. Agora, neste “reboot”, trago a você a nostálgica dependência da conexão dial-up – e as contas telefônicas estratosféricas.
O começo e a chegada ao Brasil
Para chegarmos a ter uma ligação dial-up, alguém precisou criar o hoje famoso e onipresente telefone. Alexander Graham Bell foi o sujeito responsável pela sua criação (embora hajam controvérsias) em 1865. Mais tarde, nos anos 1960, com a tensão da Guerra Fria entre EUA e URSS, militares, universidades e institutos de pesquisa estadunidenses – por intermédio da Advanced Research Projects Agency (ARPA) – foi criada a ARPANET, rede para troca de informações sigilosas, temendo qualquer ataque nuclear do lado soviético.

Ah, a comunicação de hoje não seria nada sem ele.
Em 1979, as coisas são facilitadas com a apresentação do modulador/demodulador (modem), e assim surge a “querida” rede dial-up. Isso, unido ao afrouxamento da tensão da Guerra Fria no fim dos anos 80, abriu uma porta para o uso da internet para meios não-militares e esta chega ao Brasil.

Este era componente importante nos computadores de antigamente.
As contas estratosféricas e os discadores
Se você, nascido nos últimos anos, reclama das conexões de qualidade duvidosa à rede mundial de computadores, saiba que foi muito pior. Nos anos 1990 e no começo do anos 2000, como não havia acesso fácil à rede banda larga Brasil, éramos dependentes da conexão dial-up. Este tipo de acesso à internet é como uma ligação telefônica qualquer. Por exemplo, uma ligação local dial-up com duração de 1 hora custava exatamente o que era cobrado pelas operadoras por ela pelo meio “tradicional”.
Evidentemente, a conexão não era nada estável (limitada a no máximo 56 kpbs) e qualquer escorregão significaria uma conta telefônica fora do normal. Havia formas de contornar estes problemas, como preço reduzido à partir da 0h e aos fins de semana, além dos discadores de internet.

Ai, minha conta telefônica.
Uma infinidade de opções existia: iG, Pop, iTelefónica, dentre outros. Seu funcionamento era simples: bastava telefonar ao número disponibilizado e torcer para haver uma resposta positiva. À época, com a popularização dos discos com aplicativos “essenciais” do AOL, UOL, BOL, etc., muitos acabavam por ter diversos destes discadores instalados no PC, para ter mais chances de acessar à internet e usufruir de horas para baixar uma música em MP3 de 3 MB.

Quem tinha um desses era rei.
Comentários finais
Nos dias atuais, estamos bastante avançados em relação a anos atrás. Ainda considerando a qualidade e o preço da conexão à internet do Brasil, temos 3G, 4G, banda larga, WiFi, fibra ótica, internet por energia elétrica, entre outros, que tornam nossa vida um pouco mais fácil. Mas, convenhamos: dial-up vale pela nostalgia, não pela qualidade.
Gostaram do post? Pois pretendo fazê-lo constantemente, sempre dando uma desfragmentada no disco rígido da internet. Até a próxima.
Por: Not Now Lucas
Legais. Bem Loucos. Empolgantes.
notnowlucas
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